Cabra da peste

Imagem: Hamilton Grimaldi
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Por CLAUDIO HENRIQUE*

Carta aberta de desagravo à memória de Patativa do Assaré

Presidente Bolsonaro, além de ser o pior presidente da república da história do Brasil, de vir incorrendo na prática de diversos crimes de responsabilidade, de promover o maior desmonte das instituições brasileiras nas áreas de meio ambiente, educação, arte e cultura, políticas sociais, direitos humanos e saúde, o senhor também acaba de cometer a infâmia de conspurcar o nome e usurpar o legado do grande poeta Patativa do Assaré.

No último dia 8 de outubro, dia do nordestino, com fins eleitoreiros, pensando na reeleição em meio à maior calamidade de saúde pública que o Brasil já conheceu, o senhor divulgou um vídeo querendo angariar a simpatia dos nordestinos, região de que o senhor debocha (“os paraíbas”) e na qual foi largamente derrotado na última eleição. Para fingir empatia com o povo do Nordeste, o senhor utilizou-se inescrupulosamente de versos do poema “Sou cabra da peste” do amado poeta pássaro, patrimônio do povo nordestino.

Já era tempo de o senhor mostrar um mínimo de decoro e ter respeito pela biografia de um grande homem, justo e honrado. Aproximar sua imagem, adorná-la com versos de um poeta que dedicou a vida e a obra à pregação dos direitos humanos, da justiça e da igualdade sociais, consiste numa afronta à memória deste poeta, afronta que nos causa indignação a todos nós que há anos curtimos, cultuamos e amamos a obra sensível e humanizadora de Patativa do Assaré.

O senhor, por todas as declarações que fez, por todos os atos que praticou, é em tudo o antípoda, o anti-Patativa por excelência. Citá-lo constitui uma impropriedade à sua biografia e à dele. Nada mais visceralmente antagônico do que as figuras de vocês dois, a sua desumana e a dele humana.

Enquanto o senhor faz apologia de crimes de tortura e estupro, insultando vilmente a deputada Maria do Rosário e homenageando um dos mais cruéis torturadores da História do Brasil, Patativa em certo poema refere-se às mulheres como anjos de saia e escreveu um poema resgatando a memória de um sacerdote católico que foi torturado e assassinado pela ditadura militar, esta ditadura contra a qual ele lutou e que, para o senhor, constitui a sua Idade de Ouro.

De um lado há Jair Bolsonaro elogiando o coronel Brilhantre Ustra, o homem que torturou e assassinou pelo menos 50 pessoas e que levava crianças, os filhos dos presos políticos, para assistirem a seus pais serem torturados; de outro há Patativa do Assaré emprestando sua lira e sua verve à luta contra a opressão e a tirania, resgatando a memória das vítimas da ditadura, condenando a violência, a censura e a falta de liberdade, e exortando o povo a lutar contra aquele regime autoritário.

A pedido de Dom Helder Câmara, Patativa do Assaré escreveu o folheto O Padre Henrique e o Dragão da Maldade. Nele conta a história do sacerdote da diocese de Olinda que foi sequestrado, torturado e assassinado no dia 27 de maio de 1969 pelas forças de repressão da ditadura. Creio que é fácil, até para alguém como o capitão, pouco afeito às sutilezas e metáforas da poesia, inferir quem é o Dragão da Maldade. A propósito, vejamos algumas passagens do poema:

(…)
O padre Antônio Henrique
Muito jovem e inteligente
A 27 de maio
Foi morto barbaramente
Do ano 69

Da nossa era presente
Tinha três anos de padre:
Depois que ele se ordenou
Pregava a mesma missão
Que Jesus Cristo pregou
E foi por este motivo
Que o Dragão lhe assassinou.

Surgiu contra Padre Henrique
Uma fúria desmedida
Ameaçando a igreja
Porque estava decidida
Conscientizando os jovens
Sobre os problemas da vida.

Por causa do seu trabalho
Que só o que é bom almeja
O espírito da maldade,
Que tudo estraga e fareja,
Fez tristes acusações
Contra D. Helder e a igreja. 

(…)

Estava o corpo do Padre
De faca e bala furado,
Também mostrava ter sido
Pelo pescoço amarrado
Provavelmente que antes da morte
Foi bastante judiado

No mato estava seu corpo
Em situação precária,
Na região do lugar
Cidade Universitária
Foi morto barbaramente
Pela fera sanguinária

Por aquele mesmo tempo
Muitos atos agravantes
Surgiram lá no Recife
Contra os jovens estudantes
Que devem ser no futuro
Da pátria representantes

Veja por estes versos a ilegitimidade de sua apropriação da obra de Patativa do Assaré, a sua má-fé ao fazê-lo, a usurpação e conspurcação da honra de um grande homem e poeta. Vejamos o caso de outros poemas exemplares: Lição do Pinto e O Boi Zebu e as Formigas.

Lição do Pinto foi feito para a campanha da anistia aos presos políticos e recitado nos palanques da campanha pelas Diretas Já, onde, na companhia honrosa de Darcy Ribeiro, Patativa exortava o povo a agir em relação à ditadura seguindo o exemplo do pinto quando cresce dentro do ovo e, para se libertar da casca que o oprime, trabalha incansável com o próprio bico para romper aquela prisão.

Em O Boi Zebu e as Formigas, outra fábula em versos, o poeta declara:

As formigas a defendê
Sua casa, o formiguêro,
Botando o boi pra corrê
Da sombra do juazêro,
Mostraro nesta lição
Quanto pode a união;
Neste meu poema novo
O boi zebu quédizê
Que é os mandão do pudê,
E estas formigas é o povo.

Estes poemas foram criados, divulgados e publicados num tempo em que todas as pessoas civilizadas no Brasil lutavam contra aquela ditadura militar que o Capitão-presidente tanto elogia e que tanta saudade lhe traz e contra a qual Patativa investiu com todo o seu talento, sua imaginação e sua humanidade.

A sua trajetória eleitoral decolou, dando-lhe maior visibilidade, conforme sabemos e já mencionei, a partir da sua apologia na mídiade crimes como estupro e tortura, mas também serviu de base àquela campanha o apelo a outro anacronismo: o embuste da ameaça comunista. Amparado e inspirado nas insanidades do Grande Irmão do Norte, Donald Trump, o senhor e seus aliados, aqui no Brasil (e na Virgínia), resolveram ressuscitar velhos truques do tempo da Guerra Fria e da ditadura e um desses é a reentronização do velho perigo comunista, ou, na versão do seu eleitor infantilizado, do comunista que come criancinhas. Bobagem que repercute graças à ignorância, à desinformação e à má-fé dos que com isso se beneficiam. Este repertório de cretinices, Patativa do Assaré conheceu e contra ele se manifestou, denunciando-o em versos e combatendo-o com atitudes, uma vez que ele próprio foi vítima deste tipo de jogo desonesto.

Novamente o poema O Padre Henrique e o Dragão da Maldade nos elucida:

Será que ser comunista
É dar ao fraco instrução
Defendendo o seu direito
Dentro da justa razão,
Tirando a pobreza ingênua
Das trevas da opressão 

Será que ser comunista
É mostrar certeiros planos
Para que o povo não viva
Envolvido nos enganos
E possam se defender
Do jugo dos desumanos

Será que ser comunista
É saber sentir as dores
Da classe dos operários.
Também dos agricultores
Procurando amenizar
Horrores e mais horrores.

Tudo isto, leitor, é truque
De gente sem coração
Que com o fim de trazer
Os pobres na sujeição,
Da palavra comunismo
Inventa um bicho-papão.

O poeta nos versos acima adverte o povo contra o embuste que consiste em demonizar, chamando de comunistas, os que lutam pelos direitos humanos e por justiça social, e, em consequência, contra a manutenção dos privilégios.

Em 1987, quando Adauto Bezerra e Tasso Jereissati disputavam o governo do Ceará, Pedro Bandeira, cabo eleitoral de Adauto, falou numa emissora de rádio que o povo não votasse em Tasso Jereissati, pois ele era um comunista, e afirmou que quem garantia isto era“um homem que nunca ninguém viu ele andar com mentira. Quem disse que ele é comunista foi o Patativa do Assaré”. Ao ouvir tamanha mentira o poeta revoltado fez questão de esclarecer as coisas e terminou apoiando a candidatura de Tasso Jereissati.

Importante lembrar ainda que, mesmo tendo apoiado Tasso Jereissati, Patativa do Assaré apoiou publicamente o candidato Luiz Inácio Lula da Silva em suas três tentativas de chegar à presidência da República.

Esse conjunto de registros, de fatos e manifestações do poeta, seja em versos, seja nas entrevistas que concedeu a biógrafos e estudiosos, serve para demonstrar a desonestidade que consiste em alguém do seu jaez, presidente, com as suas ações, suas práticas de ódio e de destruição, suas afrontas à democracia e aos direitos humanos, apropriar-se de versos de um poeta que defendeu valores que o senhor não respeita e que peleja por fazer deles letra morta.

Por tudo isto, por este antagonismo visceral entre o senhor, sua figura pública e o que ela representa, de um lado, e a grandeza humana e poética de Patativa do Assaré, de outro, fica evidente o quanto há de falacioso, imoral, desonesto e desonroso neste estelionato moral que o capitão-presidente faz ao usar versos do poeta popular para fingir empatia e bajular o povo nordestino.

Cabra da peste, no bom sentido da expressão, como gente corajosa que enfrenta a privação, sem o auxílio de governantes, isso Jair Bolsonaro e sua família nunca foram. Mas cabe observar que a linguagem deita raízes no inconsciente e muitas vezes as palavras carregadas de ambiguidades, de significações subjacentes, nos surpreendem, dizendo e revelando sobre nós coisas que nem sequer suspeitávamos ou que procuramos ocultar. Parece-me que este é o seu caso.

Veja bem, são tantas as desgraças e as catástrofes que se abateram sobre o Brasil desde a sua posse, muitas resultado direto de sua ação, omissão ou exemplo, que isso nos dá o que pensar. Catástrofes, algumas delas mesmo sendo de origem natural, foram potencializadas pela incompetência ou pela inação talvez proposital de sua administração, quem sabe conivente, laborando secretamente em prol dos resultados catastróficos.

Fiquemos apenas em três setores: segurança pública, meio ambiente e saúde pública.

No alvorecer do seu governo, no dia 7 de abril de 2019, o exército disparou 80 tiros contra o carro que levava uma família na região da Vila Militar no Rio de Janeiro. Os tiros mataram o músico Evaldo Rosa dos Santos, pai de família, negro, é bom lembrar, que dirigia o veículo, sem que ninguém até hoje tenha sido responsabilizado por este crime. Este foi um ato típico do espírito do tempo que passou a viger em seu governo, fruto de suas declarações, do seu incentivo à violência, de sua ideologia armamentista que estimula o arbítrio das forças de seguranças, acenando-lhes inclusive com a garantia de impunidade, como ocorreu neste caso.

Desde então os índices de violência não param de crescer, o que pode ser aferido em diversas frentes. Houve aumento de 120% no número de registrosde armas de fogo entre os cacs (colecionadores, atiradores e caçadores) e um aumento de 65% entre os não cacs. Segundo o Anuário de Segurança Pública, os homicídios que vinham em queda desde 2018 voltaram a crescer e tiveram uma alta de 7% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Será que existe alguma relação entre a sua apologia à violência, o aumento no número de armas em circulação e o aumento no número de homicídios?

As milícias que hoje estão infiltradas no poder público e nas polícias já dominam 57% do território da cidade do Rio de Janeiro. São do conhecimento geral alguns vínculos históricos do senhor e sua família com estas corporações, uma vez queo ainda deputado Jair Bolsonaro, referindo-se à atuação destes grupos na Bahia, invocou-os, manifestando o desejo de vê-los prestarem seus serviços também no Rio de Janeiro, e já em outra ocasião condecorou com honrarias policiais envolvidos em práticas milicianas.

O país assiste perplexo a uma sequência de recordes no aumento das áreas desmatadas na Amazônia, agora seguidos de uma proliferação assustadora de incêndios que atingem também o pantanal mato-grossense. Queima em seu governo um dos maiores patrimônios naturais de que nosso país podia se orgulhar e ostentar diante do mundo.

Esta tragédia tem raízes lá no início da sua gestão, em agosto de 2019, quando o senhor demitiu o cientista Ricardo Magnus Osório Galvão do cargo de diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) porque o Instituto divulgou dados científicos que indicavam o aumento da destruição da Amazônia sob sua gestão. Ironicamente, após ser demitido, Ricardo Galvão foi escolhido um dos cientistas do ano, e os números que vieram a ser apurados em seguida revelaram que a destruição no bioma amazônico era ainda maior do que indicavam os dados do Inpe.

Diante deste quadro apocalíptico, hoje o Brasil assiste a uma fuga de investimentos de empresas e nações estrangeiras que, alinhadas com as metas de preservação ambiental, recusam-se a compactuar com a política ambiental do seu governo.

No âmbito da saúde pública a tragédia é incomensurável. Finalmente o Brasil chegou ao topo do ranking internacional no número de contágios e mortes pela pandemia do coronavírus. O senhor, com sua política negacionista e cínica, levou nosso país ao segundo lugar no ranking mundial de contaminações e mortes pela Covid-19, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, país governado pelo seu ídolo, modelo e guia Donald Trump.

No momento em que escrevo, o Brasil soma 153.675 mortes e 5.224.362 casos de coronavírus. Lembro que no início da pandemia o senhor garantia que essa “gripezinha” não custaria mais que umas 800 vidas. É inacreditável que, tendo dito isto, jamais tenha se desculpado, ou que continue a dizer que o governo federal esteve certo na sua política sanitária para com a pandemia. O presidente boicotou o isolamento social e as medidas preventivas recomendadas pela ciência, deu mau exemplo o quanto pôde e, por isto, é sim responsável em larga medida por este grande número de mortes. Não fosse a iniciativa dos governadores e a tragédia teria custado muito mais vítimas do que ainda vai custar.

E agora, para não sair das manchetes, como sempre mirando unicamente a reeleição, o senhor recorre à estratégia de proferir absurdos e mantras ideológicos, anticientíficos e genocidas. Desaconselha a vacinação em massa, dizendo que a vacina não será obrigatória, e se recusa a comprar a Coronavac, vacina que está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantã. Enquanto milhões de pessoas sofrem e vivem sob permanente estado de angústia, medo e apreensão, e outros milhares de famílias choram seus mortos, o senhor faz política, política ruim e homicida, propala sandices para alimentar a sanha de seu gado humano pelas redes sociais, investe mais uma vez contra a ciência e o bom senso, tomando a origem da vacina e não sua eficácia como critério. A sua motivação é apenas eleitoreira e ideológica,

Olhando para este cenário, são tantas as desgraças a convergir sobre nosso país, vivemos uma concentração de tragédias tão grande, tão medonha, que me ocorre pensar se não estamos diante de um daqueles castigos, verdadeiras reprimendas morais, mandados pelos deuses, como nos adverte a mitologia grega, já que o senhor, dizem, é um mito. No repertório da mitologia grega aprendemos que os flagelos podem se abater sobre as sociedades como forma de clamar e punir iniquidades intoleráveis que corrompem os próprios fundamentos da vida social.

Então talvez esteja aí o motivo da sua atração pelo poema de Patativa do Assaré, particularmente pelo seu título: Sou cabra da peste. Nossa democracia acolheu em seu posto mais elevado um inimigo dos direitos humanos e da própria democracia, e agora os flagelos nos castigam. E o que fez o senhor?Leu o título e inconscientemente, pelo efeito do espelhamento invertido, mirou uma coisa e acertou outra.

Primeiro quis travestir-se de cabra da peste, como se fosse um dos nossos, como quemcompartilha um destino, mas, por tudo que vimos acima, o senhor não é um dos nossos, não é do tipo de gente de cuja humanidade se alimentou  a inspiração e a poesia de Patativa do Assaré. Mas que fazer? O senhor olhava para aquele título, para aquelas palavras, e sentia que ali tinha uma coisa que o atraía, tinha uma coisa que lhe dizia respeito e esta coisa é justamente o substantivo peste que está ali, luzindo, piscando-lhe o olho, chamando sua atenção, interagindo com seu inconsciente.

Então ansiando passar um recado ameno e amistoso, como quem arma uma arapuca para pegar passarinho, o voto dos nordestinos, o senhor abre a boca e conspurca os versos de um poeta pássaro e assim, involuntariamente, se desnuda e se revela. Ao tentar travestir-se, escondendo-se detrás dos versos do poeta, o senhor opera neles uma inversão de sentido. Um efeito reverso e perverso, e o que antes era peste coragem, graça, força e resistência, passa a significar peste doença, destruição, covardia e violência. O senhor se trai e se denuncia como o grande responsável pelas tragédias que desabam sobre o Brasil, porque hoje, Jair Bolsonaro, é a própria peste desnuda e substantiva.

A poesia é sagrada: revela e ilumina. Até mesmo à revelia dos incautos que tentam desvirtuá-la, Capitão.

*Claudio Henrique Sales Andrade é doutor em Literatura Brasileira pela USP e autor de Patativa do Assaré: as razões da emoção (capítulos de uma poética sertaneja) (Nankin, Editora UFC, 2004).

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