Pra variar, estamos em guerra…

Imagem: Lukas Hartmann
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Por JOÃO PAULO AYUB FONSECA*

Freud buscou entender a guerra e suas motivações profundas

“O que retiramos para nossos fins imediatos, das afirmações precedentes, é que não há perspectiva de poder abolir as tendências agressivas do ser humano” (Sigmund Freud).

Sim, marciano. Pra variar, estamos em guerra. Numa hipotética conversa atual, em 2022, o interlocutor extraterrestre de Rita Lee não deve mais se admirar deste fato que, para nós, terrestres, ainda causa tanto espanto. De um ponto de vista psicanalítico, é possível dizer que a repetição irrefletida tem razões inconscientes que a nossa razão, herdeira das luzes, não pode ou não deveria mais desconhecer.

Publicadas em Paris, em 1933, em inglês, francês e alemão simultaneamente, um projeto realizado sob a orientação do Comitê Permanente para a Literatura e as Artes da Liga das Nações e patrocínio do Instituto Internacional de Cooperação Intelectual (Liga das Nações), as cartas trocadas entre Freud e Einstein são perturbadoras, entre outros motivos, porque nelas estão expostas a perplexidade e a impotência de dois dos grandes pensadores do século XX diante do arcaísmo representado pela guerra. Provocado por Einstein, coube a Freud responder a seguinte questão: “Por que a guerra?”.

Esperava-se das maiores referências intelectuais da época uma resposta mais ou menos convincente sobre as razões da Guerra e, mais do que isso, alguma luz sobre os caminhos que possam levar à resolução definitiva do estado de barbárie (estado de exceção) desde sempre enraizado no seio da civilização ocidental. A resposta de Freud, ao mesmo tempo em que atende a primeira expectativa de explicação – “Por que a guerra?” –, e para tanto lança mão da teoria das pulsões proveniente do campo de investigação psicanalítico, confere à segunda – “O que fazer…” –, certo pessimismo no que diz respeito à instauração de um poder superior com funções de regulação e mitigação dos conflitos resultantes das diferenças irredutíveis entre povos e indivíduos.

Para Freud, a irredutibilidade do conflito é a fonte permanente tanto de um mal-estar que atua de forma explícita ou furtiva sobre a vida psíquica do sujeito, gerando adoecimento, quanto do estado de guerra que se torna um operador relevante e permanente no conjunto das relações entre grupos e Estados.

Diz Freud a Einstein: “Nós supomos que os instintos humanos são de dois tipos apenas: os que tendem a conservar e unir – nós os chamamos eróticos, exatamente no sentido de Eros, em O banquete de Platão – e os que procuram destruir e matar, que reunimos sob o nome de instinto de agressão ou destruição. Como vê, isso é apenas uma transfiguração teórica da conhecida oposição entre amor e ódio, que talvez tenha um nexo primordial com a universalmente conhecida polaridade de atração e repulsa, que desempenha relevante papel em sua área de estudo”.

Esta passagem da carta de Freud endereçada a Einstein nos ajuda a entender a presença incontornável de um mal-estar na cultura, assim como a (im)possibilidade de se pensar um arranjo político capaz de resolver – definitivamente – problemas como o da guerra entre indivíduos, grupos e nações. Antes de tudo, é preciso reconhecer a presença do conflito e de seu caráter incontornável na existência humana não só como condição de possibilidade do saber psicanalítico, mas enquanto pressuposto ontológico. A descentralização do sujeito operada pela psicanálise é a resultante de um olhar (escuta!) atento às fraturas da subjetividade… Nesse sentido, a perspectiva freudiana é uma aposta na dimensão constitutiva do conflito em seus diferentes níveis, seja na vida do sujeito, seja no âmbito maior da organização cultural.

A resposta de Freud não poderia não levar em conta essa espécie de fratura ou defasagem instaurada no âmbito da existência humana. Em seu nível mais elementar, o da vida psíquica, a teoria das pulsões – representada pela dualidade pulsional entre Eros e Thanatos – corresponde à tentativa de dar conta da dinâmica que atravessa os corpos e organiza a relação destes com o mundo exterior e entre si. Alguma Coisa, que é da ordem do indizível, in-forme, “O que será?”, perturba um estado inorgânico e dispara (im-pulsiona) a vida… E o “aparelho psíquico”, esta que é talvez a maior ficção teórica freudiana, organiza-se em arranjos os mais complexos, podendo ser pensado a partir dos pontos de vista tópico, econômico e dinâmico. O “aparelho” faz sentido em resposta àquilo que permanentemente dispara a vida, a pulsão.

Voltando às palavras de Freud, vale a pena destacar o aspecto puramente intensivo desta força sem conteúdo prévio valorativo. Assim Freud define este operador que é a pulsão no âmbito da subjetividade. Ele diz: “Mas não nos precipitemos em introduzir valorações de bem e mal”. Assim, a natureza da pulsão é mais bem expressa em termos da física (atração/repulsa, fluxo/estase, fusão/de-fusão, junção/disjunção) ou propriamente da economia (regime de intensidades, quantidade de energia etc). Não caberia qualificá-la de antemão em “valorações de bem e mal”, não podendo jamais ser definida também pelas características dos objetos nos quais procura a sua satisfação.

Essa inadequação fundamental entre as pulsões e os objetos, uma defasagem que é constitutiva, é uma espécie de motor da vida, sua condição para o movimento constante, matriz do desejo… nas palavras de Riobaldo/Guimarães Rosa, vida feita “matéria vertente”. Por tudo isso, cabe pensar que o desejo de estabilização permanente dessa força numa relação objetal capaz de esgotar ou neutralizar definitivamente sua intensidade e aplacar a natureza de ser faltante que nos constitui, só pode se realizar no encontro com a própria morte, estado inorgânico onde nada pulsa.

Noutro trecho da carta de Freud chama à atenção a centralidade teórica da dinâmica pulsional para a compreensão dos “fenômenos da vida”, tendo em vista o pressuposto sustentado pelo autor de um estado irremediável do conflito constitutivo da vida psíquica e suas consequências para a cultura: “Cada um desses instintos é tão indispensável quanto o outro, é da atuação conjunta ou contrária de ambos que surgem os fenômenos da vida. Parece que quase nunca o instinto de uma espécie pode agir isoladamente, sempre se acha ligado – amalgamado, dizemos – a um certo montante de sua contrapartida, que modifica sua meta ou, ocasionalmente, permite-lhe alcança-la. […] A dificuldade de isolar em suas manifestações as duas espécies de instintos é que durante muito tempo nos impediu de conhecê-las”.

Depreende-se da hipótese do amálgama das pulsões de vida e de morte que a resolução do conflito entre as tendências agressivas (destrutivas) e eróticas (conservadoras) não se daria numa espécie de de-fusão das pulsões, algo certamente impossível de se imaginar a não ser em termos ficcionais, utópicos, ou seja, uma espécie de paraíso político/cultural, um lugar livre de relações hostis entre as pessoas. E, aqui, observamos em que medida a resposta de Freud parece frustrar a expectativa lançada por Einstein de que uma determinada configuração política, um arranjo proveniente de uma nova tecnologia de poder, pudesse por fim ao estado de guerra. Para Freud, não somente uma tal de-fusão das pulsões se torna impensável em termos políticos, seja na instauração de um poder superior capaz de absorver todas as tendências hostis e disruptivas constantes do convívio entre os indivíduos; quanto em termos psíquicos, com a possibilidade de uma libertação do mal-estar proveniente da internalização da agressividade em seu registro superegoico.

No entanto, a despeito da impossibilidade de uma “paz eterna” entre os povos (curiosa expressão que faz tanto sucesso no negócio dos planos funerários), Freud advoga no sentido da evolução cultural como único destino cabível na luta contra a guerra. Ainda que, entre suas vantagens, restem também certos perigos: “As mudanças psíquicas que acompanham o processo cultural são evidentes e inequívocas. Elas consistem no progressivo deslocamento dos objetivos instintuais e na restrição dos impulsos instintuais. Sensações que eram desprazerosas para nossos antepassados se tornaram indiferentes e até mesmo desagradáveis para nós; existem razões orgânicas para que nossos ideais éticos e estéticos tenham mudado. Duas parecem ser as mais importantes características psicológicas da cultura: o fortalecimento do intelecto, que começa a dominar a vida instintual, e a internalização da tendência à agressividade, com todas as suas consequências vantajosas e perigosas”.

(Não) há muito o que fazer… A negativa entre parênteses pode ser uma forma de relativizar o tom pessimista de Freud quanto à possibilidade de uma solução para os conflitos da guerra. Longe de pensar em respostas mágicas para uma questão insolúvel, o combate eterno entre as duas “potências celestiais”, Freud se mantém fiel ao seu olhar realista ao propor que a saída para a o fim da destrutividade pode estar no enlace de uma força sobre a outra, a fim de modificar a meta da pulsão. Mas não há qualquer garantia… Ainda que o conflito não se efetive em formas práticas de destruição, o medo, a desconfiança, o desassossego continuam como fontes da infelicidade. Suas últimas palavras no ensaio Mal-estar na civilização são significativas: “Cabe agora esperar que a outra das duas ‘potências celestiais’, o eterno Eros, empreenda um esforço para afirmar-se na luta contra o adversário igualmente imortal. Mas quem pode prever o sucesso e o desenlace?”

Em termos de organização política, a centralização do poder – e consequentemente a coação da violência a cargo de um órgão superior – e a instituição de laços afetivos (identificações) em torno de algo em comum pode sim ser um caminho para a fundação e manutenção da comunidade. A natureza do “Comum” – ou, em outros termos, do “que faz laço” – entre os sujeitos, para Freud, dá-se em torno dos elementos da cultura, no interior dos quais a inibição dos impulsos agressivos deve se fazer presente enquanto pré-condição para a sua efetividade. Mas nada é assim tão simples no pensamento freudiano… Em Psicologia das massas e a análise do eu, por exemplo, a eleição de inimigos externos e a possibilidade de canalização da agressividade e hostilidade em direção aos inimigos da comunidade é um fator propulsor do laço afetivo e político entre seus membros pactuantes. E para tanto o reforço dos laços baseados na identificação dos membros se torna fundamental.

Philippe Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nanci, no ensaio O mito nazista (Iluminuras), realizam a análise da formação e elaboração do mito nazista, um “aparelho de identificação” responsável pela arregimentação de um corpo político-social destinado tanto a celebrar raízes essencialistas de certa tradição alemã (baseadas na ideia do sangue ariano, da terra comum aos povos germânicos e da língua), quanto a perseguir e destruir o que seria uma espécie de anti-tipo ariano, o judeu. E na condição de outro in-forme, o judeu deveria ser extinto, porque ameaça diretamente o que o mito nazista pretende construir e preservar: “o Judeu não é o ‘antípoda’ do Germânico, mas a sua ‘contradição’, o que sem dúvida quer dizer que não se trata de um tipo oposto, mas da ausência mesma do tipo, como perigo presente em todo vir a ser bastardo, que também é sempre parasitagem”.

Ainda que não haja uma oposição entre a psicologia do indivíduo e a psicologia social, vale a pena notar como se dá a importância dos elementos da cultura e de suas formações no âmbito específico da vida psíquica dos sujeitos. Pode-se dizer que o espaço analítico é um lugar privilegiado onde se observa o embate entre as potências da vida e da morte. Nesse espaço, o “desejo de viver”, atravessado pelas formas psíquicas das pulsões de vida, faz bom uso da palavra e da cultura como “pontes de ligação” ao outro. De acordo com Radmila Zygouris, em Pulsões de vida (Escuta), “o desejo de viver não se manifesta necessariamente através de uma “verdadeira” demanda de análise. Para tanto, não apenas é preciso que o estado do paciente o permita, mas também que ele possua uma “certa cultura”. Sem ela, manifesta-se por um desejo de falar, desejo de ser compreendido, ajudado, entendido. É, aliás impressionante constatar a que ponto esse desejo de viver, quando levado em consideração, não só leva em direção à palavra e ao desejo de saber, como também à abertura de espírito para com as estranhezas do inconsciente. Desejar, falar, pensar, sonhar, fazer. Tudo isto implica nas pulsões de vida, implica no ato de estar frente à frente com um outro, de ir em direção ao outro e abre um caminho para estabelecer uma relação com o outro, uma relação de objeto como é chamada”.

Em sua carta, Freud enfatiza a natureza do amálgama estabelecido entre as pulsões, assim como aponta para algumas das características do seu modo fusionado de funcionamento. É importante observar com atenção quando ele diz: “quase nunca o instinto de uma espécie pode agir isoladamente, sempre se acha ligado – amalgamado, dizemos – a um certo montante de sua contrapartida, que modifica sua meta ou, ocasionalmente, permite-lhe alcançá-la”.

Ainda segundo Freud, em O instinto e suas vicissitudes, “a meta de um instinto é sempre a satisfação, que pode ser alcançada apenas pela supressão do estado de estimulação na fonte do instinto. Mas embora essa meta final permaneça imutável para todo instinto, diversos caminhos podem conduzir à mesma meta final, de modo que um instinto pode ter várias metas próximas ou intermediárias, que são combinadas ou trocadas umas pelas outras”.

Tendo em conta o que diz Freud nas passagens acima sobre a modificação ou desvio de meta da pulsão em decorrência de certo arranjo ou enlace entre as pulsões, podemos pensar que do mesmo modo que a pulsão de morte coloniza a pulsão de vida e a conduz a formas de satisfação pautadas na destruição de toda a diferença, como no mito nazista, por exemplo, pode-se reconhecer também a possibilidade de um enlace da pulsão de morte sobre formas de vida aprisionadas em relações fixas ou unidades eróticas asfixiantes (porque totalizantes/sintetizantes), permitindo sua desestabilização e consequente transformação em modos de vida mais libertários.

Enfim, se Freud enxerga na “evolução cultural” a possibilidade de um trabalho permanente contra a guerra (“tudo o que promove a evolução cultural também trabalha contra a guerra”), em sua carta endereçada a Einstein está claro, vale repetir, a ideia de uma impossibilidade de resolução do conflito pulsional via aquisição de objetos, valores e bens culturais.

Ao apontar a relação limiar entre o direito e a violência, Freud está em consonância com os pensadores da Escola de Frankfurt, que duvidaram da razão e denunciaram seu poder de destruição. O pressuposto de um enlace entre as pulsões, o “amálgama” que sustenta o dualismo pulsional de sua teoria, se constitui, ainda, como um dispositivo crítico em permanente vigilância contra qualquer forma de tirania travestida de elevação cultural.

Diz Freud a Einstein: “Se o senhor me acompanhar ainda um pouco mais, eu lhe direi que os atos humanos também trazem uma complicação de outra espécie. Raramente uma ação é obra de um único impulso instintual, que em si já deve ser composto de Eros e destruição. […] …quando os homens são incitados à guerra, neles há toda uma série de motivos a responder afirmativamente, nobres e baixos, alguns abertamente declarados, outros silenciados. […] O prazer na agressão e na destruição é certamente um deles; as inúmeras crueldades que vemos na história e na vida cotidiana confirmam sua existência e sua força. A mescla desses impulsos destrutivos com outros, eróticos e ideais, facilita naturalmente sua satisfação. Às vezes temos a impressão, ao saber de atos cruéis acontecidos na história, de que os motivos ideais só teriam servido como pretextos para os apetites destrutivos; outras vezes, no caso das atrocidades da Santa Inquisição, por exemplo, achamos que os motivos ideais se impuseram à consciência, enquanto os destrutivos lhes trouxeram um reforço consciente. As duas coisas são possíveis”.

Por tudo isso, a obra freudiana e as questões com as quais se debateu deve nos deixar em alerta. É um caminho possível ao invés de apenas nos espantarmos diante de novas guerras e outras não tão novas assim.

*João Paulo Ayub Fonseca é psicanalista e doutor em ciências sociais pela Unicamp. Autor de Introdução à analítica do poder de Michel Foucault (Intermeios).

 

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